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1 de novembro de 2009

Receita para salvar o "Fantástico"

Aos 36 anos o programa dominical anda mal das pernas. Números de audiência apontam que o "Fantástico" perdeu um em cada três espectadores nos últimos dez anos. Semana passada, um susto: o Ibope teria registrado a pior audiência desde 1973 e a concorrência, pela primeira vez, empatado nos 16 pontos. Os dados consolidados desmentiram o empate (Gugu ficou com 15 e a atração da Globo chegou aos 18 pontos), mas foi por pouco.

Mesmo não tendo "perdido" para a Record, a emissora anunciou que vai reformar o programa. "Mais uma vez?", se pergunta o incrédulo espectador. Sim, porque nos últimos anos parece que é só isso que a Globo vem fazendo, ao trocar apresentadores, reforçar a cobertura de celebridades e enxertar quadros a torto e a direito. O problema é que nada disso parece funcionar.
É óbvio que, ao contrário do que diz o título, esta coluna não tem a receita para salvar coisa nenhuma, muito menos um programa de TV. Mas, aproveitando o ensejo, mete um pouco a colher nessa discussão e faz umas duas ou três sugestões modestas.

1) Reduzir a duração pela metade: duas horas é muito tempo nos dias de hoje. Hollywood, por exemplo, já sabe disso; faz filmes de 80, 90 minutos e gasta milhões de dólares para fazer esse tempo parecer ainda mais curto. O programa deveria durar, no máximo, o tempo entre telefonar, esperar e consumir a pizza de domingo, ou seja, algo em torno de uma hora.
2) Proibir os apresentadores de sorrir: se você está em casa no domingo à noite, é porque ou bem o final de semana foi um fracasso, ou você está duro demais para ir ao cinema, ou está tão cansado que só aguenta ligar a TV. Em qualquer das hipóteses, você não está feliz -por que então forçar a barra?

3) Mudar de nome: o nome promete mais do que qualquer programa de TV, hoje em dia, pode cumprir. O que, nesse mar de informações e imagens, pode mesmo ser classificado como "fantástico"? Pouca coisa -e, provavelmente, você já viu antes na internet.
4) Desistir, enfim, de se levar a sério: historicamente, o programa tinha a pretensão de revelar mistérios, desta e de outra vida, de ser o arauto dos progressos da ciência e da humanidade, além de divertir, informar, entreter... Não é, digamos, um pouco demais?

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