O diálogo é num inglês com forte acento britânico, mas, ainda que não entendamos uma palavra do que dizem o médico da UTI e Helena, notamos que a conversa não é nada agradável. Não há boas notícias a serem dadas. Depois dos exames preliminares, a junta médica do hospital de Amã chega à conclusão de que Luciana não poderá mais andar. Sim, ela está tetraplégica. A mensagem é clara, mas a notícia é pesada, obscura demais: “Tetraplegic”, diz o médico em inglês. Helena sente o baque, Osmar idem, mas ela não se conforma. O médico explica que Luciana sofreu um traumatismo raquimedular cervical que a impede de mover-se do pescoço para baixo. A recomendação deles é que ela seja operada imediatamente, disso depende a única possibilidade de reversão do quadro.
Mas Helena não se sente apta a autorizar uma cirurgia desse porte sem consultar a família, ainda mais no outro lado do mundo como estão. Os médicos entendem e aconselham então que ela seja removida, mas com toda a segurança, num avião especial. O jeito é consultar Marcos.
Nessa hora, Helena sente que perde o chão. Como o marido e pai de Luciana receberá a notícia?
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